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sábado, 17 de maio de 2014

TRATAMENTO TÉRMICO NA CONFORMAÇÃO MECÂNICA

CURSO DE TECNOLOGIA EM SOLDAGEM


ABNER PEREIRA DE ARAÚJO
ARIANE SÂMARA DE MAGALHÃES PEIXOTO
LEANDRA SOUZA VIEIRA
RENATO IRIAS











TRATAMENTO TÉRMICO
NA CONFORMAÇÃO MECÂNICA

  


Pindamonhangaba – SP
13 de Maio de 2014

CURSO DE TECNOLOGIA EM SOLDAGEM


ABNER PEREIRA DE ARAÚJO
ARIANE SÂMARA DE MAGALHÃES PEIXOTO
LEANDRA SOUZA VIEIRA
RENATO IRIAS









TRATAMENTO TÉRMICO
NA CONFORMAÇÃO MECÂNICA








Este trabalho tem como objetivo atender aos requisitos da disciplina de Processos de Fabricação, ministrada no 1º semestre do curso de Tecnologia em Soldagem, na Faculdade de Pindamonhangaba, sob a orientação do professor Emerson Augusto Raymundo
 
 




Pindamonhangaba – SP
13 de Maio de 2014


SUMÁRIO:
  1. Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------- 1
  2. Esferoidização  ------------------------------------------------------------------------------------- 2
  3. Recozimento ---------------------------------------------------------------------------------------- 3
3.1 Recozimento Pleno  ------------------------------------------------------------------------------ 3
3.2 Recozimento Subcrítico-------------------------------------------------------------------------- 4
4.  Normalização---------------------------------------------------------------------------------------- 5
5.  Têmpera ---------------------------------------------------------------------------------------------- 6
6.  Revenido --------------------------------------------------------------------------------------------- 7
7.  Tratamento por Precipitação--------------------------------------------------------------------- 8
8.  Resumo e Conclusão------------------------------------------------------------------------------ 9
Bibliografia------------------------------------------------------------------------------------------------ 10









1.    INTRODUÇÃO
As ligas de ferro-carbono, antes de serem utilizadas na forma de peças, são, na maioria dos casos, principalmente quando aplicadas em construção mecânica, submetidas a tratamentos térmicos.
Os tratamentos térmicos são um conjunto de operações que têm por objetivo modificar as propriedades dos aços e de outros materiais através de um conjunto de operações que incluem o aquecimento e o resfriamento em condições controladas. Desta maneira conseguimos obter uma variada gama de propriedades que permitem que tenhamos materiais mais adequados para cada aplicação.
Sempre que fizermos um tratamento térmico, o seu sucesso ou fracasso será determinado por alguns fatores-chave que deverão ser muito bem observados: temperatura, tempo de permanência, velocidade de resfriamento e proteção das peças. Um erro de avaliação de um deles fará com que tenhamos como resultado uma microestrutura diferente da prevista e por consequência um material com propriedades diferentes da desejadas.




 ESFEROIDIZAÇÃO
Consiste em um tratamento que visa globulizar a cementita fazendo com que tenhamos uma microestrutura formada de um fundo de ferrita com cementita esferoidal, donde temos a origem do nome. Este tratamento também é chamado de coalescimento, pelo fato de que durante o processo a cementita se aglutina em partículas de forma esferoidal.
O processo de esferoidização é utilizado para aços com teores superiores a 0,5% de carbono, principalmente em aços hipereutetóides. Quando se deseja fazer um processo de usinagem ou de conformação de uma peça o recozimento poderá não baixar a dureza o suficiente para que a tarefa seja executada. Este problema acontece principalmente em aços com elevados teores de liga e elevado teor de carbono. Para este tipo de aço uma estrutura formada por perlita e cementita apresentará uma dureza muito alta e a única alternativa será o processo de esferoidização.
O tratamento térmico de esferoidização pode ser feito de duas maneiras:
  • Aquecendo-se o aço até uma temperatura logo abaixo da temperatura eutetóide, permanecendo-se nesta temperatura por um tempo que varia de oito a vinte horas, com resfriamento posterior ao ar.
  • Austenitizar o material, fazer um resfriamento até a temperatura logo abaixo da temperatura eutetóide, mantendo-se nesta temperatura por um tempo entre oito e vinte horas, e resfriando ao ar. Este tratamento também pode ser efetuado variando ciclicamente entre temperaturas acima e abaixo da temperatura de austenitização.
A segunda forma de execução deste tratamento é a que propicia tempos menores de tratamento e pode entendida pela observação da figura 2.1.



Figura 2.1- Curva de transformação para o processo de esferoidização.


 
A microestrutura resultante deste processo é a esferoidita, isto é, um fundo de ferrita com a cementita e os carbonetos dos elementos de liga em forma esferoidal dispersos nesta matriz.
A figura 2.2 dá uma ideia desta microestrutura. O fato de termos a cementita distribuída na matriz de ferrita faz com que o aço apresente uma ótima ductilidade e baixa resistência devido à predominância das propriedades da ferrita neste caso.



Figura2.2- Microestrutura de um aço esferoidizado.



3.    RECOZIMENTO
3.1 Recozimento Pleno
É um tratamento em que o resfriamento, a partir do campo austenítico, deve ser feita de maneira bastante lenta para que tenhamos uma formação de uma microestrutura de perlita grosseira. Isto fará com que tenhamos um material de baixa dureza e baixa resistência.
O processo de recozimento é aplicável a aços que possuem baixo ou médio teor de carbono, isto é, para aços que possuam até 0,5% de carbono ou para teores mais elevados desde que não possuam elementos de liga. De modo geral aplica-se este tratamento com os seguintes propósitos:
  • Aliviar tensões em peças soldadas ou que tenham sido submetidas a processo de deformação plástica com a geração de tensões residuais.
  • Aumentar a ductilidade, diminuir a dureza e aumentar a tenacidade.
  • Produzir uma microestrurura desejada.

 
            O recozimento envolve três fazes:
  • Aquecimento ate a temperatura desejada em que enseje no diagrama de fases do material uma importante transformação.
  • Manutenção na temperatura um tempo suficiente para completa homogeneização.
  • Resfriamento lento ate a temperatura ambiente.
A figura 3.1 mostra em função do tempo, o aquecimento e, resfriamento do processo de recozimento pleno.



Figura 3.1- Recozimento pleno em função do tempo e da temperatura.

Nas fases de aquecimento e resfriamento deve-se avaliar de acordo com as dimensões e geometria da peça os gradientes favoráveis a um real alivio das tensões.

3.2  Recozimento Subcrítico (Intermediário)
O recozimento subcrítico costuma ser chamado de recozimento intermediário ou simplesmente de alivio de tensões. Este tratamento térmico visa eliminar tensões internas de soldagem, de processos de deformação plástica ou de qualquer processo que cause encruamento ou transformação no material metálico.
O processo de recozimento intermediário envolve, também, três fases:
  • Aquecimento até a temperatura desejada que permita por meio de difusão a uniformização do material.
  • Manutenção na temperatura um tempo suficiente para completa homogeneização.
  • Resfriamento lento até a temperatura ambiente.

 
A figura 3.2 mostra de forma esquemática o aquecimento, a homogeneização e o resfriamento nos processos de recozimento intermediário do aço.



Figura 3.2- Faixas de aquecimento dos aços para recozimento intermediário.


4.    NORMALIZAÇÃO
Os objetivos da normalização são idênticos aos do recozimento, com a diferença de que se procura obter uma granulação mais fina e, portanto, melhores propriedades mecânicas. As condições de aquecimento do material são idênticas às que ocorrem no recozimento, porem, o resfriamento é mais rápido. A estrutura obtida é a mesma do recozimento, porém, mais uniforme e fina. Na figura 4.1 vemos uma curma de normalização sobre um diagrama isotérmico.



Figura 4.1- Curva de transformação para o processo de normalização de um aço, comparada com a do processo de recozimento pleno.
A normalização é ainda utilizada como tratamento preliminar à têmpera e o revenimento, justamente porque, sendo as estrutura normalizada mais homogênea que a de um aço laminado, por exemplo, reduz-se a tendência ao empenamento e facilita-se a solução de carbonetos e elementos de liga, principalmente quando o aço é ligado.
No aquecimento dos aços hipereutetóides para a normalização, pode ultrapassar a linha Acm (o que se de vê evitar no recozimento), porque sendo o resfriamento posterior ao ar mais rápido, não há formação do invólucro frágil de carbonetos.


5.    TÊMPERA
A têmpera é um tratamento térmico que consiste no aquecimento da liga até uma temperatura onde uma determinada fase em um diagrama de equilíbrio esteja totalmente homogênea, seguindo-se a um resfriamento rápido, ou seja, fora das condições de equilíbrio. Na têmpera, é importante que esta fase seja capaz de uma maior solubilização do soluto na temperatura de aquecimento e que ao resfriar rapidamente crie-se uma estrutura instável, tensionada, que se manifeste em um material duro e quebradiço.
A têmpera pode ser aplicado a diversas ligas, porem ela é mais importante nas ligas ferro-carbono, particularmente os aços. A figura 5.1 mostra o aquecimento, a homogeneização e o resfriamento em função do tempo.


Ts= Temperatura de solubilização

Tt= Temperatura de transformação

Ta= Temperatura ambiente
 

Gráfico 5.1- Têmpera em função do tempo e da temperatura.

A estrutura obtida é denominada de martensita, nela tem-se austenita não transformada de grãos alongados sob a forma de agulha onde o carbono é retido sob a forma de impureza intersticial na estrutura de cubo de corpo centrado (CCC), formando uma estrutura tetragonal de corpo centrado (TCC).
A velocidade de resfriamento vai influenciar no tipo de martensita e, portanto nas propriedades em termos de dureza e resistência mecânica. Os três meios mais comuns de resfriamento são a água, o óleo e o ar. O meio mais drástico é a água e o mais suave é o ar. A formação da martensita só depende da composição da liga e da velocidade de resfriamento, isto porque no resfriamento rápido não se tem difusão.

A figura 5.2 apresenta um diagrama de transformação isotérmica para uma liga ferro-carbono com composição eutetóide para três situações: resfriamento lento, resfriamento moderadamente rápido e resfriamento rápido e apresenta também os campos de formação de perlita, perlita e martensita, e somente martensita.

Figura 5.2- Diagrama de transformação para liga Fe-C eutetoide – zonas de Perlita, Perlita fina e Martensita

A presença de elementos de liga, tais como o cromo, o níquel, o molibdênio e o tungstênio, altera o posicionamento do cotovelo da curva, propiciando que transformações da austenita em perlita ocorram de forma mais demorada em uma determinada temperatura. O cromo alem disso, altera a solubilidade do carbono na matriz ferrítica propiciando estruturas martensíticas no resfriamento ao ar como nos aços inoxidáveis martensíticos.
O resfriamento da peça depende da geometria e das dimensões, visto que há toda uma quantidade de calor a ser removida no resfriamento.


6.    REVENIDO OU REVENIMENTO
O material temperado é muito duro e muito frágil e desta forma é necessário aprimorar a ductilidade e a tenacidade da martensita, para usá-lo sem risco de fratura frágil. Esta operação é denominada de revenido e o produto será martensita revenida.
O revenido consiste em aquecer o material abaixo da temperatura de transformação, no dos aços abaixo da temperatura do eutetoide (entre 250e 650°C) durante um tempo adequado, seguindo-se a um resfriamento lento ou rápido. A martensita revenida é praticamente tão dura quanto à martensita, porem ela tem a ductilidade e a tenacidade substancialmente melhoradas.

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Afigura 6.1 mostra o revenido em função do tempo e da temperatura.



Figura 6.1- Revenido em função do tempo e da temperatura.

A explicação para a manutenção da dureza e o aumento da ductilidade e da tenacidade, ou seja, da resiliência é que no revenido tem-se uma matriz ferrítica com cementita finamente dispersa. A matriz assegura a ductilidade e a tenacidade enquanto a cementita garante a dureza. A seguinte equação pode ser considerada no processo de difusão na formação da martensita revenida:
Martensita (TCC, monofásica)       Martensita Revenida (ferrita+cementita).
Quando a liga possui elementos que possam gerar precipitados nos contornos de grão (manganês, cromo, níquel em conjunto com estanho, antimônio, arsênio ou fósforo) que causam o aumento da temperatura de transição dúctil-fragil e possam causar a chamada fragilidade no revenido, neste caso o resfriamento rápido é essencial para evitar a formação dos precipitados.


7.    TRATAMENTO POR PRECIPITAÇÃO
O tratamento térmico por precipitação consiste em promover o endurecimento da liga pela precipitação de micropartículas de uma fase mais dura. Este tratamento é comum quando diagrama de equilíbrio de fases possui uma variação apreciável de solubilidade com o aumento da temperatura ou que haja a formação de intermetálicos.
O tratamento térmico por precipitação é constituído de três etapas:
  • Etapa de Solubilização: A liga é aquecida até uma temperatura e durante o tempo necessário para que se transforme em monofásica.
  • Etapa de resfriamento rápido (têmpera) até a temperatura ambiente
  • Etapa de Precipitação: Após o resfriamento rápido, a liga é aquecida ate uma temperatura abaixo da linha de transformação e deixada por um tempo conveniente para formação de um precipitado finamente disperso da fase mais dura na fase mais macia.
Um importante exemplo é o endurecimento por precipitação pela formação dos compostos intermetálicos em ligas de alumínio e em ligas de magnésio.


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RESUMO E CONCLUSÃO:
O tratamento térmico tem por objetivo adequar as propriedades dos aços para cada aplicação. Os benefícios de um aço tratado são: aumento da dureza, da tenacidade e da resistência mecânica, alivio das tensões entre outros.
O quadro abaixo resume os tratamentos térmicos aplicados aos aços na conformação mecânica:
TIPO DE TRATAMENTO
FINALIDADE
APLICAÇÃO
OBSERVAÇOES


Recozimento Pleno
Aliviar tensões aumenta a ductilidade, diminui a dureza, aumenta a tenacidade, produz uma microestrutura desejada


Em peças soldadas e materiais deformados plasticamente

Para os aços a normalização é um caso particular de recozimento pleno


Recozimento Subcrítico


Aliviar tensões

Para aliviar tensões em peças soldadas e materiais deformados plasticamente
O alivio das tensões dependerá da temperatura de aquecimento e do tempo de permanência


Têmpera


Aumentar a dureza e a resistência mecânica

Em peças que necessitem de alta resistência e dureza superficiais
O resfriamento rápido não permite a transformação de fases, formando-se uma estrutura tensionada

Revenido ou Revenimento
Aumentar a ductilidade e a tenacidade, aumentar a resiliência de materiais temperados


Aliviar tensões após a têmpera

Aumenta-se a ductilidade e a tenacidade, mantendo-se a dureza

Tratamento por Precipitação

Aumentar a dureza e a resistência mecânica

Em peças que necessitem de alta resistência e dureza
Consegue-se aumentar a dureza e a resistência por precipitação de fases duras



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Bibliografia:
  • Site: WWW.EBAH.COM.BR
  • Apostila Princípios de Tratamentos Térmicos
Autores: Prof. Dr. Telmo Roberto Strohaecker e Prof. Vitor José Frainer
  • Tecnologia Mecânica dos Materiais Vol. III
Autor: Vicente Chiaverine
2º edição, 1986
  • Introdução à Metalurgia e aos Materiais Metálicos
Autores: Laerce de Paula Nunes e Anderson Teixeira Kreischer


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Edição 2010 

domingo, 4 de maio de 2014

FUNÇÃO DE I°GRAU


Por volta de 2000 a.C., egípcios e babilônios já possuíam métodos para a resolução de equações do 1° grau. Entre os egípcios, destacou-se Diofanto de Alexandria, cuja principal obra, Arithmetica, procurava a generalização dos métodos a partir de problemas numéricos. Contudo, foi Leonardo Fibonacci, influenciado pelas técnicas desenvolvidas pelos árabes, quem documentou soluções gerais para a resolução de equações do 1° grau em sua obra Liber Abacci.
Mas para facilitar o trabalho com as funções que estudaremos a seguir, recordaremos alguns conceitos de álgebra.

PRODUTOS NOTÁVEIS

Propriedades                                           Exemplos

(a + b)² = a² + 2ab + b²                            (x + 2)² = x² + 4x + 4
(a - b)² = a² - 2ab + b²                             (x - 3)² = x² - 6x + 9
(a + b) . (a - b) = a² - b²                           (x + 5) . (x - 5) = x² - 25
(a + b)³ = a³ + 3a²b +3ab² + b³                (x + 4)³ = x³ + 12x² + 48x + 64
(a  - b)³ = a³ - 3a²b + 3a²b + b³                (x - 4)³ = x³ - 12x² + 48x - 64

FATORAÇÃO

O processo de fatoração consiste em transformar uma expressão algébrica em produto. Em aritmética esta operação é bastante simples, veja:


  • fatorar o número 120 = 2³.3.5
  • fatorar o número 250 = 2.5³

Observe, nos exemplos a seguir, as expressões algébricas fatoradas:

2x² + 16xy = 2x . (x + 8y)
x² - 9 = (x + 3) . (x - 3)
x²+6x+9 = (x + 3) . (x + 3) = (x + 3)²

Observe que, se aplicarmos a propriedade distributiva ao 2° membro, obtemos a expressão do 1° membro.
Para fatorar expressões algébricas, a análise deve ser feita tendo em vista os seguintes casos:













sexta-feira, 2 de maio de 2014

EMBUTIMENTO


                                                 Faculdade de Tecnologia de Pindamonhangaba

 

Curso de Tecnologia em Soldagem


EMBUTIMENTO








ANA JÚLIA DAS GRAÇAS CARVALHO
THIAGO DA SILVA RODRIGUES
VITÓRIA SIMPLÍCIO DE OLIVEIRA


                                                 Faculdade de Tecnologia de Pindamonhangaba


Curso de Tecnologia em Soldagem


EMBUTIMENTO







ANA JÚLIA DAS GRAÇAS CARVALHO
THIAGO DA SILVA RODRIGUES
VITÓRIA SIMPLÍCIO DE OLIVEIRA




RESUMO

Este trabalho tem por finalidade apresentar um processo de conformação mecânica, denominado embutimento. Bem como ampliar nosso conhecimento em relação a processos de fabricação.
Ficará no mesmo registrado o conceito desta conformação, como ela se desenvolve e suas aplicações. Além de identificar suas propriedades mecânicas.
Sendo assim, propiciará o conhecimento básico necessário da área mecânica para a compreensão do conteúdo existente no curso de tecnologia em soldagem.


ABSTRACT

This work aims at presenting a method of metal forming, called cupping. As well as broaden our knowledge concerning the manufacturing processes.
Will be recorded in the same conformation of this concept, as it develops and its applications. In addition to identifying their mechanical properties.
So, will provide the basic knowledge necessary mechanical area for the understanding of the content of the course in welding technology.




SUMÁRIO


1.    INTRODUÇÃO

Durante muitos anos, o homem buscou aprimorar seus conhecimentos para sempre atender suas necessidades. Na antiguidade, martelava-se e moldava-se armaduras, espadas, fazendo com que se desse início o processo de forjamento.
O que não se sabia era que esses conhecimentos e aprimoramentos se desenvolvessem tanto, a ponto de obter variados processos com o mesmo fim, modificar a estrutura geométrica inicial criando utensílios cotidianos.
A partir disso nascia a conformação mecânica, uma modificação da forma de um corpo para outra, pré-definida, com geometria e dimensões controladas, pela aplicação de esforço mecânico.
Tendo-se esse conceito, será possível a total compreensão do assunto abordado a diante, a conformação mecânica por embutimento. Gerando peças variadas de acordo com seus esforços e propriedades mecânicas. 
Desse modo, o desenvolvimento deste tema implicará num conhecimento prévio da área mecânica para nossa qualificação enquanto estudantes e futuros tecnólogos em soldagem, intensamente vinculado a mecânica e suas aplicações.


2.    EMBUTIMENTO

O embutimento, também conhecido como repuxo ou estampagem profunda é um processo de conformação mecânica em que chapas planas são conformadas no formato de um copo. Ele é realizado a frio e, dependendo da característica do produto, em uma ou mais fases de conformação.  Por esse processo, produzem-se panelas, partes das latarias de carros como paralamas, capôs, portas, e peças como cartuchos e refletores parabólicos.
No embutimento, a chapa metálica sofre alongamento em ao menos uma direção e compressão em outra direção. Geralmente, um compensa o outro e não há mudança na espessura da chapa. Assim como no dobramento, a estampagem profunda também é realizada com o auxílio de estampos formados por um punção, uma matriz e um sujeitador presos a prensas mecânicas ou hidráulicas.
A chapa, já cortada nas dimensões determinadas, é presa entre a matriz e o sujeitador que mantém sobre ela uma pressão constante durante a estampagem profunda. Isso evita que ocorra o enrugamento da superfície da peça. O punção é acionado, desce e força a chapa para baixo, através da matriz, figura 1. Nessa operação, também é necessário um controle sobre a folga entre o punção e a matriz.
Figura 1: Representação da estampagem profunda.
Quando a profundidade do embutimento é grande, ou seja, tem a altura maior que o diâmetro da peça, figura 2, e são necessárias várias operações sucessivas para obtê-la, tem-se a reestampagem. Isso pode ser feito com o mesmo punção, ou com punções diferentes quando o perfil da peça deve ser alterado numa segunda ou terceira estampagem.
                               Figura 2: Representação da profundidade de embutimento grande.
            A ferramenta deve ter uma superfície lisa e bem acabada para minimizar o atrito entre matriz-chapa-punção e, desse modo, diminuir o esforço de compressão e o desgaste da ferramenta. Para diminuir o atrito pode-se usar também um lubrificante.


3.    EMBUTIMENTO METALOGRÁFICO

O processo de embutimento metalográfico pode ser dividido em dois grupos, embutimento a quente no qual é utilizado baquelite e uma embutidora metalográfica e o embutimento a frio que são utilizados dois produtos resina e catalisador, ambos os métodos visam obter a amostra embutida para conseguir um bom resultado na preparação metalográfica.

3.1.        Embutimento metalográfico a frio

O trabalho a frio é acompanhado do encruamento do metal, que é ocasionado pela interação das discordâncias entre si e com outras barreiras – tais como contornos de grão – que impedem o seu movimento através da rede cristalina. A deformação plástica produz também um aumento no numero de discordâncias, as quais, em virtude de sua interação, resultam num elevado estado de tensão interna da rede cristalina.
Um metal cristalino contem em média 106 a 108 cm de discordância por cm3, enquanto que um metal severamente encruado apresenta cerca de 1012 cm de discordância por cm3. A estrutura características do estado encruado examinada ao microscópio eletrônico apresenta dentro de cada grão, regiões pobres em discordâncias, cercadas por um emaranhado altamente denso de discordância nos planos de deslizamento.
Esse embutimento é recomendado para materiais sensíveis ao calor e pressão. Não requer equipamento – embutidora – e é usado para preparo de amostras avulsas. A resina, composta de dois componentes e vertido num molde onde esta a peça.

 

3.2.        Processos do embutimento metalográfico

A amostra é colocada em um molde. A quantia correta de dois componentes são medidas cuidadosamente pelo volume ou pelo peso. Então, eles são bem misturados e colocados sobre a amostra.
 •         Epóxi
As resinas epóxi possuem a contração mais baixa de todas as resinas para embutimento a frio. O tempo de cura é relativamente longo, mas a aderência à maioria dos materiais é excelente. Elas também são utilizadas para impregnação a vácuo. As resinas epóxi se polimerizam através de uma reação química, após terem sido misturadas nas proporções corretas. O epóxi endurecido é duroplástico, e não é afetado pelo calor moderado ou substâncias químicas. É recomendado para embutimento a vácuo para peças porosas e excelente retenção de borda.
Não contrai, tempo de cura relativamente longo, porém aderência nos materiais excepcionais.
•          Acrílica
Os acrílicos são resinas de fácil uso, com curtos tempos de cura e de contração desprezível. Eles possuem componentes de autopolimerização, que endurecem com a adição de um catalisador. O acrílico endurecido é um termoplástico e quimicamente resistente. Acrílico tem tempo de cura curto, de fácil de uso.
Contração muito limitada e propriedades gerais excelentes. Bom para embutir um número grande em série de materiais diversos para trabalhos de rotina.

 

3.3.        Impregnação a Vácuo

Materiais porosos, como cerâmicos ou revestimentos em spray, necessitam impregnação a vácuo. Todos os poros ligados à superfície são preenchidos com resina. Consequentemente, a resina reforça estes materiais mais frágeis. Os artefatos da preparação podem ser minimizados, tais como arrancamentos, fissuras ou porosidade entreaberta.
Somente as resinas epóxi podem ser utilizadas para a impregnação a vácuo, devido as suas baixas viscosidades e suas baixas pressões de vapor. A Epodye, uma tinta fluorescente, pode ser misturada com o epóxi, permitindo uma fácil identificação de todos os poros preenchidos à luz fluorescente.

4.    ENSAIO DE EMBUTIMENTO

O ensaio de embutimento tem como objetivo avaliar a estampabilidade de chapas e/ou tiras metálicas, relacionando características mecânicas e estruturais da peça com as máximas deformações possíveis de ser realizadas sem que ocorra ruptura [ASTM E643-84].
Um dos possíveis ensaios de embutimento é o Ensaio Swift, o qual consiste na deformação de um disco metálico (blank) preso em uma matriz com um punção na forma cilíndrica. Nesse caso, o resultado é obtido por meio da relação entre o diâmetro máximo do disco e o diâmetro do punção que provoca a ruptura da peça. Desse modo, esse método de ensaio exige a utilização de diversos corpos-de-prova, sendo muito utilizado para análise de casos de estampagem profunda (deep.drawing).

4.1.        Ensaio Swift

Na estampagem profunda, um disco metálico (blank) é colocado sobre uma matriz e é comprimido para o seu interior através de um punção, geralmente de forma cilíndrica.
O objetivo da análise da estampagem profunda é determinar as relações geométricas entre o máximo diâmetro do disco e o mínimo diâmetro do punção possível para se conformar um copo cilíndrico sem que ocorra ruptura ou falhas superficiais. A figura 3 mostra um esboço do ensaio Swift.
               Figura 3: Ensaio de estampagem profunda (Swift).
            Ao longo do processo de estampagem, o blank é submetido a diferentes tipos de deformação, até atingir a forma final. Na conformação, à medida que o punção avança sobre o blank, o metal em contato com o punção, acomoda-se em torno do seu perfil, reduzindo a espessura da chapa. Essa região, que será o fundo do copo após a conformação, estará sujeita a um estado biaxial (radial) de tensões de tração.
O metal situado ao redor da base do punção é deformado radialmente para o interior da matriz, reduzindo assim, seu diâmetro original Db até o diâmetro de conformação, que corresponde ao do punção Dp. Assim, o metal sofre esforços de compressão na direção circunferencial, e tração na direção radial. 

5.    CONCLUSÃO

Notamos, a partir da execução desse seminário, cujo tema desenvolvido foi o embutimento, que cada vez mais se faz necessário o elo entre técnicas de produção e tecnologia. Avaliamos que, junto do assunto abordado absorvemos uma reflexão, reflexão essa que se faz motivadora mediante nossas intenções profissionais.
Ou seja, a técnica já desenvolvida há muitos anos requer cada vez mais de atributos tecnológicos que possam aprimorá-la ou reinventá-la. Os processos de conformação mecânica podem ser também facilmente adaptados a partir da constante evolução tecnológica, gerando-se produtos mais qualitativos e rentáveis.
Nosso olhar enquanto tecnólogos deve-se fixar não somente em reconhecer determinado processo, mas sim viabilizá-lo e modernizá-los, fazê-lo com que esteja ao novo alcance, permitindo-nos ser os autores de tal transformação.
Certamente, o homem prospera quando deixa sua mente liberta de paradigmas e livre para criar.

6.    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


  • http://www.pessoal.utfpr.edu.br/jmario/arquivos/Apostila%20%20Fabio%20Martins.pdf, acesso em 17 de março de 2014.
  • http://sites.poli.usp.br/pmr/lefa/download/PMR2202-Estampagem.pdf, acesso em 24 de março de 2013.
  • http://www.struers.com/default.asp?doc_id=193&admin_language=9&top_id=3&main_id=9&sub_id=10, acesso em 13 de abril de 2014.
  • http://www.struers.com/default.asp?top_id=3&main_id=93&sub_id=136&doc_id=867, acesso em 13 de abril de 2014.
  • http://www.struers.com/default.asp?top_id=3&main_id=9&doc_id=181&target=_self&admin_language=9&collapse=1, acesso em 13 de abril de 2014.