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sexta-feira, 2 de maio de 2014

PROPRIEDADES MECÂNICAS EM FUNDIÇÃO


ENDERSON CARLOS
LUIS EDUARDO DA COSTA
MATHEUS FELIPE DA C. VIEIRA
RAPHAEL CAMPOS
VITOR SÁVIO








PROPRIEDADES MECÂNICAS EM FUNDIÇÃO














PINDAMONHANGABA – SP
25 de abril de 2014

ENDERSON CARLOS
LUIS EDUARDO DA COSTA
MATHEUS FELIPE DA C. VIEIRA
RAPHAEL CAMPOS
VITOR SÁVIO





PROPRIEDADES MECÂNICAS EM FUNDIÇÃO



Este trabalho tem por objetivo a fixação do estudo de propriedades mecânicas no processo de fundição, sob a orientação do professor Emerson, como complemento aos estudos de processos de fabricação.
 
 















PINDAMONHANGABA – SP
25 de abril de 2014

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .........................................................................................................................  41.    FUNDIÇÃO DE LIGAS DE ALUMÍNIO    ........................................................................ 5
2.    LIGAS DE ALUMÍNIO PARA FUNDIÇÃO                                                                       7
3.    LIGAS DA SÉRIE 356 E A356  7
3.1. PROPRIEDADES DAS LIGAS DA SÉRIE 356 8
3.1.1.   PROPRIEDADES FÍSICAS                                                                              8
3.1.2.   COMPOSIÇÕES QUÍMICA                                                                               8
3.1.3.   PROPRIEDADES MECÂNICAS .................................................................... 9
3.1.3.1.      DUCTILIDADE   .................................................................................... 10
3.1.3.2.      LIMITE DE RESISTÊNCIA                                                                   11
3.1.3.3.      LIMITE DE ESCOAMENTO  ............................................................... 12
3.2. INFLUENCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA 13
CONCLUSÃO                                                                                                                             15REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  .................................................................................... 16
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INTRODUÇÃO

No contexto industrial atual, a tecnologia na criação de ligas metálicas tem avançado expansivamente em vista das necessidades do mercado contemporâneo. Uma evolução que tem se destacado no desenvolvimento de pesquisas, enquanto ao aprimoramento de suas composições químicas, técnicas de produção, e aplicações no mercado atual.
O alumínio puro e algumas de suas ligas apesar de características como resistência mecânica relativamente baixa e uma particular limitação quanto a baixa temperatura de fusão (aproximadamente 660°C), o que restringe a sua aplicação a altas temperaturas, pode, por outro lado, se destacar em vista de sua baixa densidade (cerca de 2,7 g/cm³), alta resistência à corrosão, inclusive em ambientes como água salgada, ótima condutibilidade térmica e elétrica, ductilidade elevada, o que caracteriza seu uso em muitas aplicações de conformação e sua baixa toxidade, o que tem sido explorado pelas indústrias de produtos alimentícios. Em contrapartida, outras ligas de alumínio, destacam-se por apresentar alta resistência mecânica contraponto sua leveza, podendo ainda beneficiar projetos pelas suas características inalteradas.
Grandes referências do cenário atual são as indústrias automobilísticas e aeroespaciais, cujo o desenvolvimento de primorosas ligas de alumínio, tem alcançado um exímio avanço tecnológico.
Quanto as ligas de alumínio ideais para fundição, além das variadas propriedades e características, exigem algumas particularidades como, por exemplo, boa fluidez para preenchimento de moldes com secções delgadas, rápida transferência de calor da liga fundida para o molde, fornecendo curtos ciclos de fundição e estabilidade química, além de relativo ponto de fusão baixo.
Toda importância no estudo e na elaboração de pesquisas dessas ligas para fundição, tem demonstrado o espaço conquistado no avanço tecnológico, e consolida-se nas várias utilidades militares e civis, exemplos disso são os transportes terrestres, aéreos e navais, beneficiados com todas as propriedades mecânicas também oferecidas por aços forjados, ferros fundidos e aços soldados, porém, apresentando menor peso, opção que coloca a frente pelo menor consumo de combustível.
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  1. FUNDIÇÃO DE LIGAS DE ALUMÍNIO

As primeiras experiências na fundição do alumínio são bastante recentes em vista da história de outros metais fundidos, data-se de 1825, onde Hans Oestard conseguiu isolar quimicamente o alumínio, desde então o metal passou a ser uma opção de material para a engenharia, porém além de lento o processo era inviável. Foi quando surgiu a produção eletrolítica do alumínio, no ano de 1886, inventada por Charles Hall, um fato que possibilita até hoje a produção de milhões de toneladas do metal.
Atualmente, os fundidos em alumínio são produzidos em centenas de composições que oferecem mercado, em vista disso, foram desenvolvidos processos para melhorar as capacidades dos fundidos em novas aplicações industriais de maneira mais técnica. São normalmente divididos em duas categorias: processos de moldes descartáveis a aqueles processos no qual os fundidos são produzidos repetitivamente em ferramentas de vida longa como moldes permanentes, como os de areia verde e fundição em molde metálico permanente.
Ainda numa história mais recente, a fundição de ligas alumínio-silício veio a ser desenvolvida de maneira notória, tornando-se uma opção vantajosa quanto a produtos de ferro-fundido ou de alguns aços comumente utilizados. Aplicado em indústrias de produção de componentes automotivos por exemplo, processos de fundição por gravidade em molde permanente, fundição centrífuga ou até mesmo por pressão são utilizados na produção de rodas de alumínio.

  1. LIGAS DE ALUMÍNIO PARA FUNDIÇÃO

Os principais fatores que influenciam na seleção da liga para fundição incluem o processo a ser desenvolvido, o projeto do produto, propriedades requisitadas e a viabilidade do desenvolvimento de tecnologia.
O alumínio e suas ligas recebem da Aluminium Association um sistema numérico de quatro dígitos que os identificam na forma de peças fundidas e lingotes. O primeiro dígito indica o grupo do elemento de liga conforme a tabela 1.
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Tabela 1– Classificação das ligas de alumínio segundo a Aluminium Association
(POLMEAR, 1995)

PRINCIPAL ELEMENTO DE LIGA
DESIGNAÇÃO
Alumínio 99% de pureza ou mais
1xx.x
Cobre
2xx.x
Silício com adição de cobre e (ou) manganês
3xx.x
Silício
4xx.x
Magnésio
5xx.x
Zinco
7xx.x
Estanho
8xx.x
Outros elementos
9xx.x
Série não utilizada
6xx.x

No grupo 1xx.x , os segundo e o terceiro dígitos indicam o percentual mínimo de alumínio, por exemplo a denominação 150.x indica uma composição com no mínimo 99,50% de alumínio. O último dígito, o qual está a direita da casa decimal indicam a forma do produto, sendo o 0 ou 1 utilizados para indicar produtos fundidos ou lingotes, respectivamente. Nos grupos 2xx.x a 9xx.x , o segundo e o terceiro dígitos servem apenas para identificar as diferentes ligas dentro do grupo. Quando há modificação da liga original ou do limite normal de impurezas, uma letra serial é incluída depois da designação numérica. Um exemplo é a letra X que é utilizada apenas para as ligas experimentais.
A indústria utiliza-se das ligas de alumínio em uma diversa gama de aplicações, a liga alumínio-silício ocupa um espaço de grande importância para fundição, devido, principalmente, seu alto índice de fluidez, o que é possível pela característica eutética do Al-Si. Ainda quando requerida melhor resistência à corrosão e melhor condição de fluidez, a liga de Al-Si recebe adição de cobre (Cu) em teores não muito elevados para atender as essas propriedades, já em relação a maior dureza e resistência mecânica, a adição de magnésio (Mg) torna a liga tratável termicamente.
Ligas comerciais, usualmente, contém silício nas proporções de 5% a 13%. Composições que contenham Si entre 7% e 10%, geralmente caracterizam-se como ligas hipoeutéticas, essa condição apresenta alta ductilidade e baixa resistência, no entanto,
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quando adicionado Mg, o baixo teor de Si é compensado, o que contribui com maior dureza a liga.
Ligas em que o magnésio é o principal elemento de liga, possuem baixa fluidez, e são usualmente condicionadas ao vazamento em moldes de areia, podem ser usadas em peças como dispositivos de informática e equipamentos elétricos onde a estabilidade dimensional é imprescindível, também podem ser usadas em aplicações automotivas e marinhas, devido a sua ótima resistência à corrosão.
Ligas Al – Si – Mg podem apresentar certas combinações de magnésio e silício que apresentam importantes efeitos quando ligados. Os dois elementos podem formar um composto intermetálico Mg2Si, que contém 64% de magnésio e 32% de silício, para formar um sistema quase binário Al- Mg2Si.

  1. LIGAS DA SÉRIE 356 E A356

A liga A356 é um importante material comercial sendo muito aplicada em indústria aeroespacial e automotiva devido as suas ótimas propriedades mecânicas em contrapartida com seu baixo peso específico. Além destes segmentos, também pode ser utilizada na indústria bélica sendo considerada uma das ligas mais utilizadas no processo de fundição de metais semi-sólidos. Suas principais características são média resistência mecânica, excelente fluidez e estanqueidade sob pressão, boa resistência à corrosão e usinabilidade, sendo muito utilizada em fundição em molde permanente e de areia. Tratamentos térmicos são utilizados para proporcionar varias combinações de propriedades físicas e mecânicas para tornar estas ligas atrativas para muitas aplicações. Exemplos de aplicações destas ligas são: Rodas de alumínio para carros e aeronaves, corpos de válvula, peças de bombas, peças de ferramentas de máquinas, caixa de transmissão automotiva, estrutura de aeronaves, blocos cilíndricos refrigerados e outras aplicações onde boa resistência e baixo peso são fundamentais.



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3.1.        PROPRIEDADES DAS LIGAS DA SÉRIE 356

Além da escolha da liga, deve ser enfatizado que as propriedades mecânicas de um fundido são fortemente influenciadas pela microestrutura que é resultado do processo de fundição e das condições de resfriamento.
As ligas da série 356 possuem uma gama de propriedades atrativas que estão listadas a seguir.

3.1.1.   PROPRIEDADES FÍSICAS

A tabela 2 mostra as propriedades físicas das ligas da série 356. A temperatura de vazamento utilizada neste trabalho foi de 710°C.

Tabela 2– Propriedades físicas da liga 356 (ASM HANDBOOK, 1992).
PROPRIEDADE
VALOR
Densidade
2,685 g/cm3
Calor específico
963 J/Kg.K (a 100°C)
Calor latente de fusão
389 KJ/Kg
Temperatura solidus
555°C
Temperatura liquidos
615°C
Temperatura de fusão
675°C a 815°C
Temperatura de vazamento
675°C a 790°C

3.1.2.   COMPOSIÇÕES QUÍMICAS

As composições químicas para as ligas da série 356 podem variar. As ligas mais puras, A356, contêm um teor de impurezas muito reduzido. A liga A356.0 é considerada uma liga especial. Além desta liga, há outras também que são consideradas ligas especiais, chamadas de ligas Premium. Estas ligas são caracterizadas por ótimas concentrações de elementos endurecedores e restritivos controles de impurezas. Em
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todas as ligas Premium, impurezas são estritamente limitadas para efeitos de melhoria da ductilidade. As faixas de composição química para as ligas 356.0 e A356.0 estão listadas na tabela 3.

Tabela 3– Composição química das ligas da série 356.0 (ASM HANDBOOK, 1992)

Cu
Mg
Mn
Si
Fe
Zn
Ti
Outros (cada)
Outros (total)
356.0
0,25
0,20 – 0,45
0,35
6,5 – 7,5
0,6
0,35
0,25
0,5
0,15
A 356.0
0,25
0,25 – 0,45
0,10
6,5 – 7,5
0,2
0,1
0,2
0,05
0,15

O alto teor de cobre ou níquel diminui a ductilidade e a resistência à corrosão. Altos teores de ferro diminuem resistência e ductilidade. São estas algumas das consequências ao exceder os limites de impurezas.

3.1.3.   PROPRIEDADES MECÂNICAS

As propriedades de tração são governadas por vários fatores, incluindo o nível de magnésio retido na matriz após a solubilização e têmpera. Este processo, bem como outros parâmetros de envelhecimento, controla o limite de escoamento da liga e as características de encruamento. Alto magnésio na matriz resulta em alto limite de escoamento e aumenta as taxas de encruamento.
Para a liga A356, comumente usada nos EUA, o alto teor de magnésio permite o endurecimento por precipitação devido à fase Mg2Si após o tratamento térmico, a qual desenvolve um alto limite de escoamento. O limite de escoamento é um parâmetro que se relaciona com a resistência a fadiga do componente, enquanto a ductilidade se relaciona com a resistência ao impacto. Ambas as propriedades são muito sensíveis aos defeitos na microestrutura, como grandes partículas de Si, microporosidades e inclusões de óxidos, que promovem concentrações de tensão. As propriedades mecânicas para as ligas da série 356.0 fundidas em areia ou em molde permanente e sob várias condições de tratamento térmico estão descritas na tabela 4.


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Tabela 4– propriedades mecânicas da liga 356.0 (ASM HANDBOOK,1992)
Tratamento
térmico
LR
(MPa)
LE
(MPa)
Alongamento % (a)
Dureza HB (b)
Limite de escoamento (MPa)
Resistência à fadiga
(MPa)
Tensão de escoamento compressivo
(MPa)
Fundição em Areia
T51
172
140
2,0
60
140
55
145
T6
228
165
3,5
70
180
60
170
T7
234
205
2,0
75
165
62
215
T71
193
145
3,5
60
140
60
150
Fundição em molde permanente
T6
262
185
5,0
80
205
90
185

LR – limite de resistência.
LE – limite de escoamento
(a) Em 50 mm
(b) Carga de 500 kg, esfera de 10 mm
(c) Em 5 x 105 ciclos

3.1.3.1.       DUCTILIDADE

A ductilidade é determinada por partículas eutéticas de Si, tratamento térmico e intermetálicos ricos em Fe. Geralmente, partículas de Si grandes e alongadas e alto teor de Fe diminuem a ductilidade. A porosidade também tem um efeito prejudicial na
ductilidade do material. Resultados experimentais mostraram que o alto conteúdo de Mg aumenta o limite de escoamento enquanto diminui a ductilidade e a tenacidade a fratura. Alguns experimentos, uma liga 356 com 0,4% de magnésio, envelhecida por 6 horas a 170°C atingiu um alto valor de tensão e moderada ductilidade. Aumentando o teor de magnésio possivelmente as partículas de silício aumentam o tamanho e, geralmente, causam um decréscimo na ductilidade.
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3.1.3.2.       LIMITE DE RESISTÊNCIA

Tratamentos de envelhecimento realizados a 160ºC e 200°C após tratamento de solubilização, apresentaram propriedades mecânicas que foram avaliadas usando ensaios de tração. O limite de escoamento e o limite de resistência aumentaram com o em função do tempo que também aumentava em ambas as condições testadas. Na condição T5 (resfriamento após conformação a uma temperatura elevada e depois envelhecida artificialmente) a tensão máxima é comparada com aquela medida para as mesmas condições no tratamento T6. Na condição T6 (solubilização seguida de envelhecimento) um aumento de ductilidade a baixo tempo (0,5h, 160°C) de tratamento foi evidenciado junto com um aumento no limite de escoamento de tensão máxima. As amostras que receberam T5 não exibiram valores de ductilidade comparáveis com aqueles das amostras que receberam tratamento T6. O principal efeito deste tratamento vem a ser então, de fato, o aumento na ductilidade do material com um aumento nas propriedades mecânicas.
Os tratamentos térmicos T5 e T6 produziram um aumento nas propriedades mecânicas do material. Com respeito a isso, foi observado que o limite de escoamento e o limite de resistência não diferem para temperaturas de 160 e 200°C enquanto que a ductilidade difere muito mais de uma temperatura e de outra.
A figura 7 mostra a influência do tempo de envelhecimento no limite de resistência da liga baseada no sistema A356, com adições de Cu, Ni e Fe, denominada liga AlSi7MgCuNiFe. A liga foi envelhecida a uma temperatura de 180°C e observa - se que os valores de limite de resistência aumentam com o aumento do tempo de envelhecimento. O limite de resistência mesmo após 8 horas a 180°C mantém - se praticamente no mesmo valor desde 4 horas de tratamento, o que é um indício das boas características desta liga a altas temperaturas.


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Figura 7- Comportamento de envelhecimento de uma liga AlSi7MgCuNiFe a 180°C
(HEUSLER, 2001).

3.1.3.3.       LIMITE DE ESCOAMENTO

A forma das partículas de silício não interfere muito nos valores de limite de escoamento, mas o aumento na proporção dos intermetálicos ricos em ferro diminui o limite de escoamento e aumenta a dureza.
Os principais efeitos do aumento do teor de Mg nas propriedades mecânicas são o aumento do limite de escoamento e a diminuição da ductilidade, a perda de ductilidade é mais pronunciada nas ligas modificadas com Sr.



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3.2.        INFLUENCIA DOS ELEMENTOS DE LIGA

A seguir estão descritos os efeitos dos principais elementos de liga presentes em ligas de alumínio para fundição:

Silício (Si) – Adições de silício ao alumínio puro aumentam fortemente a fluidez, a resistência a trincas de contração e as características de alimentação. As composições mais utilizadas em todos os processos de fundição. Os teores de silício no alumínio podem alcançar até 25%;
Ferro (Fe) – O ferro é uma das mais importantes impurezas nas ligas de alumínio. Em torno de 0,15% de Fe, o alinhamento destas partículas, em forma de agulhas, produz um efeito muito prejudicial para as propriedades mecânicas, este problema é normalmente detectado durante os testes de impacto ou fadiga. A morfologia que resulta essas partículas pode ser controlada, em certa medida, através de adições de manganês, por outro lado, a melhor alternativa é manter o conteúdo de ferro menor que 0,10%, caso em que é menos prejudicial às propriedades mecânicas.
Cobre (Cu) – Aumenta substancialmente a dureza e a resistência tanto na condição bruta de fusão como tratada termicamente. Ligas contendo teores de cobre entre 4 a 6% respondem fortemente ao tratamento térmico. Porém, o elemento reduz a resistência à corrosão em geral sob algumas condições específicas como a corrosão sob tensão. Adições de cobre também reduzem a resistência à trinca de contração e diminuem a fundibilidade.
Manganês (Mn) – É normalmente considerado impureza em composições para fundidos sendo controlado para se manter em baixos níveis na maioria das composições em fundição por gravidade. Na ausência de endurecimento por trabalho a frio, o manganês não oferece benefícios significantes nas ligas de alumínio para fundição. No entanto algumas evidências mostram que uma fração de volume de MnAl6 nas ligas contendo mais que 0,5% de Mn devem influenciar beneficamente a sanidade interna do fundido. O Mn também pode ser empregado para alterar a resposta ao acabamento químico e anodização.
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Magnésio – É a base para o desenvolvimento de dureza e resistência em ligas de alumínio-silício tratadas termicamente e é comumente usado em ligas Al - Si contendo cobre, níquel e outros elementos para o mesmo propósito. Algumas composições de alta qualidade nas ligas Al - Si, empregam magnésio na faixa de 0,4 a 0,7%. O magnésio acelera e intensifica o efeito endurecedor, durante o tratamento térmico T6.
Estrôncio – É utilizado na modificação do eutético alumínio-silício. Uma modificação eficiente pode ser atingida a níveis muito baixos de adição, porém é recomendada uma faixa de utilização de 0, 008 a 0,04%. Altos níveis de adição são associados com porosidades no fundido, especialmente em processos ou em partes da peça onde a solidificação ocorre muito lentamente além de que a eficiência do desprendimento de gases poderá talvez ser afetada por altos níveis de estrôncio.


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CONCLUSÃO

Os elementos de liga exercem os mais variados papéis quando adicionados às ligas de alumínio. Podem ter efeito endurecedor e de aumento de resistência, bem como vários outros efeitos como refinamento de grão e modificação do silício. Alguns elementos podem exercer um efeito prejudicial e estes são então chamados impurezas.
Em vista destes e dos conceitos apresentados nesta unidade as aplicações de elementos de liga no cenário econômico, tecnológico, industrial e desenvolvimento de produtos mundial, estão sendo beneficiados de maneiras diversas e num crescimento, sem dúvidas, exponencial.
O desenvolvimento de projetos, hoje, tem ganhado maior sofisticação e requinte tecnológico, ferramentas de pesquisas espaciais e as mais suntuosas aeronaves, tem disposto ao homem moderno uma capacidade de domínio sem precedentes.
O cotidiano social seria, talvez, mais limitado sem as facilidades oferecidas por automóveis cada vez mais modernos e alguns componentes de computadores, hoje em dia mais compactos e portáteis, possibilitam capacidades que jamais existiriam anos atrás. A economia mundial certamente não alcançariam patamares galácticos sem a criação e aprimoramento dos transportes marítimos, aéreos e terrestres, responsáveis por locomover tudo que se é vendido ou comprado.
Portando, é fácil observar que o dia a dia está repleto de itens cada vez menores, mais leves e modernos com propriedades que hoje são possíveis graças aos avanços nas pesquisas, técnicas de obtenção, beneficiamento e de fabricação de grandes responsáveis por esse cenário, como atribuídos ao desenvolvimento das ligas metálicas.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Estudos Bibliográficos/trechos de literaturas de:
ABAL, 2010;
ASM, HANDBOOK, 1992;
BONDINE, 1999;
CÁCERES, 1996, 1998, 1999;
CAVALIERE, 2004;
COUTINHO, 1980;
FUOCCO, 1997;
HEIBERG, 2002;
HEIBERT, 2002;
HEUSLER, 2001;
JIAN, 2005;
JOSEPH, 2001;
KLIAUGA, 2008;
KUN, 2001;
METALS HANDBOOK, 2004;
POLMEAR, 1995;
SAMUEL, 2004
SHENEFELT, 2001;
TASH, 2006;

THOMSON, 2002;

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